quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

REDES SOCIAIS – INOVANDO O MERCADO FINANCEIRO


As inovações não param no setor de redes sociais virtuais, a novidade agora, ainda não presente no Brasil , é ajudar pessoas que não conseguem financiamento, e para isso invertem o funcionamento do sistema financeiro. No Weemba, nome escolhido devido à facilidade de se pronunciar em diversas línguas, tanto as pessoas quanto as empresas podem apresentar e divulgar na Internet sua necessidade de financiamento, para que instituições públicas ou privadas lhes façam uma proposta de crédito de acordo com seu perfil.

Constancio Larguía e Carlos Maslatón criadores do Weemba, há mais de 12 anos criaram um dos sites de maior repercussão no início da Internet: a Patagon, que nasceu como corretora online da Bolsa argentina e pouco depois foi comprada pelo Grupo Santander. A venda da Patagon foi umas das mais incríveis do mundo virtual: o Santander pagou US$700 milhões pela empresa. Hoje o nome Patagon já não existe, pois fora substituído por Openbank, e faz parte do banco online do grupo.

O Weemba funciona desde agosto na Argentina e há um mês na Espanha com um ritmo acelerado de inscrições, o próximo passo é atuar nos Estados Unidos, e aguardar para ver se será bem aceito neste novo mercado.

Para fazer parte do Weemba deve-se criar um perfil social, e pode participar uma pequena ou média empresa ou mesmo uma pessoa física. Ali ela poderá acrescentar o fluxo de caixa da empresa, um folheto com os produtos do negócio a que se dedica, sua declaração do imposto de renda, cartas de recomendação.

Pode também fazer o upload de arquivos digitais de diferentes formatos para enriquecer o perfil, que pode ir sendo atualizado. A parte ativa de todo o processo desse modelo de negócio é a pessoa que deseja contratar o crédito. É ela que manifesta sua firme intenção de contratar um serviço financeiro e fica à espera de um contato.

A pessoa interessada em conseguir crédito passa por um processo online de validação da identidade, primeiramente através de e-mail, depois seus dados pessoais são consultados no banco de dados do Veraz (sistema comercial e de crédito criado pela empresa Equifax que traz informações sobre os hábitos de pagamento de pessoas e empresas) para avaliar a situação econômica da pessoa, que será ou não aceita.

Depois de validada a identidade o interessado preenche um questionário com seus dados pessoais e financeiros, e por fim, deve informar sua conta bancária para o site faça um depósito mínimo, que pode ser de 60 centavos, só para confirmar se a conta oferecida existe de fato.  Tudo verificado e confirmado, o usuário está aprovado e pode receber seu empréstimo.

Na Argentina o site já tem 1.100 usuários cadastrados, do quais 205 são empresas, e até o momento, e pouco mais de um mês funcionando na Espanha, os registros mais que dobraram. Uma vantagem da Espanha é que o país avançou muito na utilização da assinatura digital, tanto para indivíduos quanto para empresas.
Em outras palavras, em 45 segundos é possível comprovar a identidade de um usuário.

Os fundadores acreditam que sua entrada nos EUA será mais fácil, pois se trata de um mercado onde a permeabilidade da Internet é absoluta, e a cultura de consumo de produtos financeiros é mais complexa e sofisticada do que na Argentina.

Sem dúvidas o Weemba trata-se de um novo conceito, não tendo concorrentes no mundo. Transportar o mundo real das agências bancárias, e os clientes para uma rede social online, é de fato uma grande novidade. Resta saber se a moda pegará no Brasil, quando o Weemba começar a operar por aqui.

Veja o vídeo sobre o Weemba (Em Espanhol):

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

SÃO CARLOS MAIS VIVO EM DUAS RODAS



“Cidade do Clima e Capital da Tecnologia” são algumas características atribuídas à cidade de São Carlos, interior de São Paulo. E esta cidade é a mesma que se preocupa com a população e principalmente com sua segurança.

Visando aumentar a segurança no trânsito da cidade, Nilson Roberto de Barros Carneiro, Secretário Municipal de Transporte e Trânsito de São Carlos, Antônio Carlos João, Diretor Regional da Sincor, Coronel Jackson Justus da Polícia Militar, Regina Romão Silva, Diretora de Trânsito, Kelly Keyth Zani, Coordenadora de Educação de Trânsito e Marcos Mendes da Porto Seguro participaram nesta terça-feira de uma reunião com a Benetton Comunicação, representada por Fernando Costa e Silva e Priscila Santos, a fim de trazer para a cidade de São Carlos a campanha “Vivo em Duas Rodas”, que tem como objetivo conscientizar os motociclistas sobre a maneira correta de agir no trânsito, prevenindo acidentes.

A campanha “Vivo em Duas Rodas” foi realizada nas cidades de Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Paulínia, e em todas essas cidades a campanha foi um sucesso, observando-se uma redução dos números de vítimas de trânsito de antes da campanha para depois da campanha.

A previsão é de que o evento comece a ser realizado em março de 2011, e terá duração de três meses, com diversos eventos, e muita conscientização.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Por trás das sacolas plásticas

Nosso planeta está exigindo que os atuais hábitos de consumo sejam mudados, pois já não se suporta tanto lixo sendo produzido dia após dia.

Em 1997 foi descoberto por acaso, o Mar de Lixo, no oceano pacífico, que seu tamanho já se aproxima de 680 mil quilômetros quadrados, o equivalente aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santos, somados. Lá se encontram 100 milhões de toneladas de detritos de plásticos variados, despejados em 10 metros de espessura.


Se todos não se conscientizarem a coisa ainda pode piorar. Mas boas ações já acontecem e devem ser divulgadas e seguidas.

Em Jundiaí, no interior de São Paulo, a prefeitura decidiu intervir pelo meio ambiente, e fez acordo com estabelecimentos, como supermercados, para darem aos clientes alternativas para acomodar e transportar suas compras, sem fazer o uso de sacolas plásticas.

Assim, muitos clientes deixaram de usar a tão habitual sacola plásticas, para utilizarem embalagens retornáveis, caixas de papelão ou sacolas oxibiodegradáveis, e com isso a Prefeitura de Jundiaí estima que 22 milhões de sacolinhas deixaram de ser usadas, o que significa uma diminuição em cerca de 80 toneladas de lixo por mês.

Imaginem se tudo isso fosse parar no Mar de Lixo no oceano pacífico, o quanto isso ia prejudicar o meio ambiente. O mais importante de tudo isso, é que muitas pessoas passaram e adquirir o hábito de levar sua própria sacola retornável ao supermercado.

Ações como essa fazem todos ganharem, pois a economia em sacolas pode levar o estabelecimento a diminuir os preços dos produtos.

Mas, muitas pessoas pensam que se só ela mudar não vai adiantar nada, pois o resto do mundo nem sequer tenta, mas se um começar, o outro começa e assim por diante. Então mude você primeiro e leve consigo mais pessoas e quem sabe não poderemos reverter ou pelos amenizar a produção de lixo no mundo.

Veja o vídeo sobre o Mar de Lixo:

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CONSUMIDORES INTRAUTERINOS


Quando é a hora de se começar a formar um consumidor? Muitos vão dizer que não há idade para o início e nem se pode dizer a data limite. Mas estão por que não começar a formar consumidores no útero?

Pesquisas mostram que o feto, á partir de quarto mês de gestação, já possui vários sentidos desenvolvidos, inclusive a audição. Mas nem sempre soubesse disso, no século passado, por exemplo, acreditava-se que o útero era uma cápsula acústica isolada do mundo.

Nos anos 70, obstetras colocaram microfones no interior do corpo de gestantes, e concluíram que os sons chegavam sim até o útero, mas que o som mais forte era o da voz da mãe, que era capaz de abafar qualquer ruído externo, a não ser que o volume estivesse muito alto. Atualmente sabe-se que o bebê fica muito mais exposto aos sons que vê de fora, do que se imaginava.

Na década passada, acreditava-se que os bebês de proveta eram mais inteligentes que os bebês normais, mas depois foi descoberto que a diferença entre os dois eram a quantidade de estímulos que um ou outro recebiam.

Quando o bebê chega aos seis meses de gestação, ele já possui boa parte dos sentidos de um adulto. O sistema auditivo está completo, ele já percebe diferenças de claridade, tem tato no corpo inteiro, além de paladar e olfato. Por isso, alguns acontecimentos podem ser traumáticos para o bebê nesta fase, e ficarem em sua memória inconsciente.

Nesta fase, se a mãe comer algo que não lhe agrada, como algo azedo, o líquido amniótico fica azedo, e a fisionomia do bebê é clara de quem não gostou, e isso pode ser visto claramente em exames de ultrassonografia modernos.

Todo esse conhecimento sobre a vida intrauterina pode auxiliar profissionais do marketing a começarem a criar consumidores no útero. Muito futurista para você? Mas acredita-se que depois de passarmos por tanta modernidade em tão pouco tempo, nada mais assusta.

Daqui a alguns anos poderemos testar um novo sabor de iogurte, oferendo à gravidas, e observando as expressões do bebê ao sabor, por super aparelhos de ultrassonografia.

Não é possível prever se isso ocorrerá no futuro efetivamente, mas sabemos que o gosto de música ou pela leitura pode sim ser formado ainda da gestação.

A pedagoga Milena Marques de Mello Denardi, durante sua gestação de gêmeos, fez o experimento de ler vários livros para seus filhos, e colocar músicas. Ao nascerem era fato que eles respondiam ficando alegres com determinadas músicas. E hoje com quatro anos os gêmeos, especialmente a menina, adoram ler, desenhar e curtir música. Milena acredita que o incentivo dado aos filhos ainda na barriga possa ter contribuído para esse lado artístico das crianças.

A Professora Doutora em Literatura Infantil Cleide Papes realizou um trabalho sobre a formação de leitores no ventre. O trabalho foi realizado com gestantes com quarto meses de gestação, e era feito da mãe para o bebê, onde a mãe era incentivada a intensificar a linha afetiva com o bebê, o que ocorre naturalmente, mas é decisiva para promover as conexões neuronais e estabelecer o gosto pela leitura no futuro leitor.  Concluiu-se que esse gosto pela leitura independe e antecipa-se ao fato de o indivíduo ser leitor da palavra, porque a leitura de mundo é anterior à leitura da palavra e inicia-se na vida intrauterina.

Sabe-se que o bebê responde a estímulos ainda no ventre de sua mãe, e que o período de gestação deve ser muito aproveitado, para que laços afetivos entre a família e o bebê venham a se desenvolver e a se firmarem, mas afirmar que se pode começar a formar consumidores no útero, isso não se pode, pois nada garante que aquele estilo de livro que a mãe leu durante a sua gestão será realmente, aquele que quando criança, adolescente ou adulto ele irá consumir, ou aquela música que a mãe ouviu com ele, será uma música que o irá agradar no futuro.

Afirmar não se pode, mas pesquisas podem ser feitas, e se comprovarem que é possível, um novo nicho de mercado será formado, o intrauterino.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A GALINHA ROXA E QUADRADA E A CRIATIVIDADE NA INFÂNCIA



Que o potencial criativo tem início na infância, todos já sabem. A criança, pela própria natureza do seu cérebro, se dispõe a aprender continuadamente por toda vida. E o que pode impedir essa "aprendizagem contínua" é a ação bloqueadora dos adultos - principalmente dos pais - que, a pretexto de educar, acabam desvirtuando a criança de seu destino natural.

Acontece que aqueles que deveriam saber lidar, por profissão, com crianças muitas vezes bloqueiam a criatividade das mesmas. Um fato verídico sobre o assunto resultou em uma bela história infantil chamada "A Galinha Roxa e Quadrada".

Escrita por Élvio Santiago, o livro conta a história Laurinha que chega em casa triste, por não ter conseguido realizar uma tarefa. Acontece que a professora de Laurinha pediu à sala que desenhasse uma galinha, e ela desenhou uma galinha roxa e quadrada, e acabou levando um 0 da professora.

Casos assim, não devem ser difíceis de encontrar, mas temos que entender que razões levam professores a exigir dos alunos que pintem dentro de espaços determinados, sem sair um milímetro fora do milite do famigerado desenho mimeografado imposto em classe.

Quando mostramos uma tela de Picasso, Miró e outros grandes artistas, esquecemos que, eles nunca pintaram "certinho”. No entanto não poupamos elogios a esses Mestres geniais de talento fantástico. E só não elogia quem ainda está ligado a conceitos ultrapassados de enxergar a Arte.

"Nesse sentido, a invasão cultural indiscutivelmente alienante, realizada maciamente ou não, é sempre uma violência ao ser da cultura invadida que perde a originalidade ou se vê ameaçado de perdê-la." (Paulo Freire) Pedagogia do Oprimido.

Que coisa maravilhosa é ver uma criança com liberdade de rabiscar a folha toda, pintar com as cores que queira, com as formas que queira, mesmo que não sejam as formas imaginadas pelo professor.

Segundo Élvio Santiago: “Releitura é criatividade. É um processo ligado a coisas originais, liberdade de pensamento e aceitação de riscos. É a capacidade de romper normas e não se influenciar pelos erros ou desencantos que nos impõem. É ultrapassar barreiras, criar novos espaços, experimentar novas práticas e soluções, por mais difíceis que sejam, por mais angustiantes que se mostrem. Só assim o resultado final dará à criança a verdadeira satisfação e grande autoconfiança”.

Conheça melhor a história e as obras de Élvio Santiago no site: http://www.elviosantiago.com, e adquira o livro “A Galinha Roxa e Quadrada” e outros livros e produtos no site:


Fonte: Trechos encontrados no livro - O que pais e professores precisam saber sobre "RELEITURAS”, cedido por Élvio Santiago.


Veja o Vídeo sobre Criatividade na Infância:



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

FELIZ DIA DA CRIATIVIDADE



Acredita-se que o humano desperta para a criatividade no início de sua infância, e quando as crianças são incentivadas a criarem e elogiadas pelo ato, elas tendem a serem adultos mais ousados e propensos a agirem de forma inovadora.

A criatividade humana se releva a partir de associações e combinações inovadoras de planos, modelos, sentimentos, etc. Para ser criativa a pessoa precisa ser incentivada a buscar novas experiências, testar hipóteses, conhecer outras pessoas, e dialogar sobre diferentes assuntos. Algumas pessoas já possuem um perfil curioso e investigativo, o que pode classifica-las como criativas, ou propensas a criar.

Nunca se valorizou tanto o profissional criativo, e não só em agência de comunicação, marketing e publicidade, mas em qualquer empresa, pois aquele que conta com um profissional criativo, tem um parceiro para inovação constante.

Hoje em dia, a empresa que valoriza a criatividade, está oferecendo ao seu colaborador a possibilidade de se trabalhar em horários flexíveis, em ambientes acolhedores, e investem em criar atividades que incentivem seu funcionário a ser criativo. Pois um verdadeiro criativo, não tem hora marcada para ter uma ideia.

O maior exemplo da atualidade de empresa que investe no funcionário criativo é a Google, onde os colaboradores ganham escritórios personalizados, tem um restaurante e lanchonete livres e brinquedos. Assim as pessoas se sentem a vontade para trabalhar, no seu tempo, e trabalham com mais paixão.

Então você que é criativo, ou que deseja ser mais criativo, use o dia da criatividade para fazer uma reflexão sobre como ser cada dia mais criativo, incentive alguém a criar, faça algo criativo no seu dia, você só tem a ganhar.

Aproveite as dicas do vídeo e seja mais criativo no seu dia a dia:

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

DEIXE SUA MARCA

A IMPORTÂNCIA DE SE TER UMA BOA MARCA



A marca representa a empresa visualmente, e através das cores e do design transmite a personalidade e benefícios do produto. São utilizadas desde antes da Revolução Industrial, e nas oficinas medievais, o artífice colocava o seu sinal nos produtos como ouro, prata e tecidos.

Atualmente vivemos sob domínio de signos, e neste contexto a marca de uma empresa ou produto é a síntese de seus valores; mais do que um cartão de visitas a marca é um elemento intemporal já que remete com mesmo poder ao passado, presente e futuro da empresa.

Toda empresa precisa ter sua marca bem definida e saber o que ela transmite, pois os clientes têm pressa na satisfação de seus desejos, o que implica informá-los de maneira correta, rápida e objetiva.

Visando a busca da definição da marca, a Unilever criou uma nova logomarca, com mais de 25 ícones, que representam os valores da empresa: vitalidade, autoestima, ética e respeito ao meio ambiente. Essa construção permitiu unificar produtos tão diversos, como o Omo e Kibon, e como resultado a empresa observou que essa solidificação gerou maior credibilidade aos seus produtos.

A Benetton Comunicação sabe bem o poder que a marca possui, sabe que uma logomarca precisa, antes de qualquer coisa, de um objetivo. Estabelecido o objetivo começa-se um estudo de semiótica, onde cores, personagens, ilustrações, textos, slogans, chamadas, perspectiva, iluminação e outros infindáveis quesitos são pesquisados e escolhidos.

Criar o logotipo da Benetton não foi uma tarefa fácil, muito se pensou sobre o que a marca deveria representar, e então chegou-se à conclusão que queria-se algo criativo e passasse a visão de uma agência que consegue ir além das expectativas, que tem visão, portanto a simbologia do círculo aberto no meio, para mostrar que a Benetton é diferente.

Para fazer um trabalho de construção de marca para o cliente é preciso que ele saiba bem quem é, e aonde quer chegar. Uma empresa de terceirização de mão de obra para a área de logística, a Multi-Parceria tinha isso bem definido e procurou a Benetton Comunicação para ajudá-los a encontrar a nova cara da empresa. Para isso uma nova logomarca foi criada, e nela fica visível que a intensão da empresa é ficar com uma cara mais moderna, mas sem perder a sua essência. Após os estudos, chegou-se a concepção gráfica de uma nova marca, que a forma circular aberta, com os extremos do círculo que se fecham no nome da empresa, faz a alusão aos seus princípios de proteger e acolher pessoas.

Uma boa marca representa por si só a empresa. E ter bons profissionais trabalhando para sua criação, evita equívocos e faz do nome Benetton uma marca de sucesso.

Veja o vídeo sobre Marcas que ganhou o Oscar de Animação em 2010:


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Guilherme Tell e a Comunicação


Diz a lenda que Guilherme Tell fora desafiado por um governador a dar uma flechada certeira em uma maçã amarrada na cabeça de seu filho, caso não acertasse com precisão seu filho poderia morrer.

O bom comunicador é como Guilherme Tell, pois tem como obrigação dar um tiro certeiro no público alvo que o cliente lhe propõe, caso contrário a estratégia não funcionará.

Atingir o alvo certo é uma tarefa que instiga até mesmo comunicadores profissionais, e hoje em dia, cada vez mais empresas estão trabalhando com nichos de mercado, os quais podem ser formados por grupos, que tem costumes, freqüentam lugares e muitas vezes até usam roupas diferenciadas, portanto, fazer uma comunicação voltada a esses determinados públicos é um desafio.

A Benneton Comunicação foi criada para vencer desafios junto ao cliente, e de forma criativa, fazer uma comunicação eficiente e conseguir atingir todos alvos propostos e ainda aquele mais valioso, o reconhecimento.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

“A jaboticabeira forra seu caule de flores, pois sabe que o vento virá”


O dia 21 de setembro, o Dia Mundial da Árvore nos leva a refletir sobre o tema da sustentabilidade.

Mas o que é ser sustentável senão pensar na sobrivência de gerações futuras?

A sustentabilidade nos leva a planejar para sobreviver com a natureza preservada, com costumes e a saúde preservados e com empresas que tenham elaborados seus planejamentos de forma a estarem presentes para as gerações futuras.

A Benetton Comunicação aproveita a data, para falar que tem deixado sua marca de sustentabilidade em cada planejamento ou peça promocional criada para os seus clientes, onde busca a cada novo trabalho uma estratégia de crescimento e fortalecimento das marcas.

Não elaboramos planejamentos de Marketing. Elaboramos ações sustentáveis.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Lições de liderança e de trabalho em equipe

"Estamos vivos, todos os 33, no abrigo."  

Essas palavras, escritas em pequeno pedaço de papel, provocaram euforia no Chile e devolveram a esperança aos familiares dos 33 mineiros soterrados há 33 dias na mina de cobre San José no coração do deserto de Atacama. O bilhete sucinto chegou à superfície por meio de uma sonda enviada pelos mineiros soterrados a 700 metros de profundidade através de uma das tubulações que agora serve de meio de comunicação e de envio de alimentos e de remédios aos mineiros pela equipe de resgate.

Do lado de fora da mina, ao tomar conhecimento da boa notícia de que os mineiros estavam vivos, uma equipe liderada pelo engenheiro Andrés Sougarret — com a ajuda de especialistas em psicologia, sociologia, engenharia, nutrição e até da Nasa, uma vez que a situação de isolamento é parecida com a dos astronautas — se esforça para encontrar a alternativa mais adequada para chegar à galeria de apenas 30 metros quadrados. A princípio, calculava-se que seriam necessários quatro meses para o resgate, mas agora o governo acredita que possa resgatar os primeiros mineiros em outubro, graças a uma tuneladora (ou tatuzão) gigante pronta para perfurar a superfície na região do desastre.

No interior, as imagens gravadas pelos próprios mineiros mostraram as condições extremas que tiveram e terão de suportar até que sejam resgatados: 35 graus de temperatura, índice de umidade de 90% e alimentação racionada. Contudo, ficou patente o grau de organização dos mineiros. Desde o momento do acidente, foram eles que dividiram o abrigo em áreas de enfermaria, jogos, alimentação e dormitório. Por uma questão de sobrevivência, alguns assumiram a liderança do grupo. O chefe de turno, Luis Urzúa Iribarren, por exemplo, ficou encarregado desde o início de determinar as funções de cada um. Outro, Mario Sepúlveda, ficou responsável pelo recebimento e pela manipulação das cápsulas de alimentação e dos remédios que chegam do exterior. Victor Segovia ficou incumbido de escrever tudo o que acontece no abrigo desde o dia 5 de agosto, data da tragédia. Essas habilidades de organização e de liderança serão cruciais durante todo o tempo em que os mineiros estiverem presos no abrigo e enquanto durarem os esforços de salvamento até o resgate. Os especialistas calculam que os mineiros terão de remover até 4.000 toneladas de rocha e que precisarão se organizar em turnos de 24 horas revezando-se em equipes distintas.

Uma experiência que, sem dúvida, será estudada nas escolas de negócios do mundo todo e que agora é analisada para o Universia Knowledge@Wharton pelo chileno Francisco Javier Garrido, professor de estratégia de vários MBAs da Europa e dos EUA e autor de livros de administração como "A alma do estrategista" (2010). Atualmente, Garrido é sócio-diretor dão EBS Consulting Group (Espanha-Chile) e diretor geral da Escola de Negócios da Universidade Mayor do Chile.

Universia Knowledge@Wharton: Em sua opinião, quais foram os fatores principais para que os mineiros sobrevivessem mesmo sem saber se eram dados como mortos?

Francisco Javier Garrido: Os fatores de sobrevivência num evento dessa gravidade e que envolve um grupo de profissionais heterogêneos em situação tão dramática podem ser sintetizados em três conceitos que, por sua vez, têm aplicação também no mundo empresarial. O primeiro deles diz respeito à experiência dos que participam desse grupo humano, e que foi vital para a leitura correta do contexto em que se encontram e também das possibilidades reais de salvamento. Esse fator foi fundamental para que o grupo se mantivesse coeso diante da possibilidade de escapar com vida. Em seguida, vimos que a liderança do profissional de hierarquia ou antiguidade maior do grupo, e pelo grupo referendado, foi fundamental para que houvesse coesão e confiança na possibilidade de escapar com vida (fato que o grupo ratifica no momento em que os sinais de busca foram percebidos a 700 metros abaixo da superfície). Além disso, foi de fundamental importância também a atribuição de tarefas e o racionamento sistemático dos alimentos. Vale ressaltar que experiência e liderança são elementos evidentes neste caso. É preciso levar em conta também a percepção do chefe do grupo como guia espiritual dos demais: surge com força aqui a presença do que os gregos chamavam de "sabedoria do general" (strategike Sophia ou strategon Sophia), condição que atribuímos a quem reconhece e é capaz de ler os códigos do campo de trabalho em que nos encontramos e que, por sua vez, chega às melhores decisões possíveis para o grupo, que lhe entrega o mandato com vistas ao melhor futuro possível, conforme acontece no campo de batalha ou no mundo empresarial, no caso de executivos experientes.

UK@W.: Você acha que em situações desse tipo fica mais nítida a importância da liderança e do líder?

Garrido: Sem dúvida. Esses 33 homens estão dando uma lição não só de firmeza, mas também de ordem e de comprometimento. Surgiu um líder espiritual, Luis Urzúa, que se encarregou de manter o grupo coeso e com o moral elevado. Enquanto isso, os demais mineiros contribuíram na medida certa com os trabalhos técnicos de troca de informações com o grupo de resgate no exterior. Tiveram, além disso, papel importante para a sobrevivência do grupo racionando os alimentos e dando atenção especial aos mineiros em condição de saúde mais precária ou em depressão. Trata-se, sem dúvida, de uma crise em que os atributos de liderança se evidenciam mais claramente na figura daquele que encarna o líder, seja porque foi escolhido formalmente para o papel (como ocorre normalmente nas empresas), seja porque foi produto natural dos efeitos do acaso e das circunstâncias.

UK@W.: Que características ou habilidades deve ter o líder em uma situação como essa?

Garrido: O líder de uma equipe em condições adversas e num contexto de crise como esse, deve primeiramente contar com o apoio do grupo para a validação de suas habilidades (experiência e formação), evidenciando sua capacidade de assumir uma liderança que vai além de sua autoridade formal. Uma vez que sua voz tenha sido validada por seus iguais, o líder terá de demonstrar sua verdadeira sabedoria estratégica colocando-a a serviço da sobrevivência do grupo através de habilidades e capacidades como:

Capacidade de análise: cabe ao líder detalhar as condições e opções de cenários a serem trabalhados especificando as alternativas viáveis de sobrevivência da equipe toda, isto é, mostrando-se hábil para reconhecer os pontos fortes e fracos de cada um.

Superação de respostas elementares: o líder deve demonstrar à equipe que tem condições de conhecer a fundo a realidade da situação, de modo que o grupo se sinta tranquilo com a confiança nele depositada e com as respostas que dará para o que não se vê de forma evidente. Por exemplo, durante o racionamento da comida disponível e em situações naturais de angústia e incertezas do grupo.

Aplicação dos esforços em conformidade com os objetivos: o líder procura o benefício coletivo sem se deixar levar por perfeccionismos que tornem secundárias as diferentes contribuições que o grupo tem a dar. Ele sabe que precisa reservar tempo para o lazer e para o trabalho, distribuindo ao mesmo tempo tarefas multidisciplinares que mantenham a equipe ocupada e centrada em um objetivo que, embora não lhe pareça tão evidente, é a combinação perfeita de sobrevivência e esperança.

Trabalho em equipe: mesmo nos momentos em que a equipe deve ser apenas espectadora de suas decisões (situação própria de decisões estratégicas), o líder sabe que precisa da colaboração do grupo, de modo que emerjam opiniões, experiências e intuições que agreguem forças. Isso se soma à sua flexibilidade e abertura, já que atitudes rígidas demais não produzem bons resultados em situações de estresse como as mencionadas.

Coerência ética ou integridade: o líder da equipe deve ser capaz de demonstrar integridade nas decisões que toma, de modo que mantenha elevado o moral dos companheiros e sirva de exemplo para eles.

Capacidade de comunicação: sempre lembro a meus alunos de MBA que entre as principais habilidades de um estrategista e líder de equipe, a capacidade de comunicação ou de transmitir motivações e objetivos adequados a diferentes públicos é da maior importância. Isso porque um plano de trabalho ou uma busca de objetivos que vise o interesse coletivo requer uma mensagem clara e a devida atenção ao feedback. Melhor ainda se somarmos a isso um pouco de persuasão.

UK@W.: Seriam capacidades semelhantes às de um líder do mundo empresarial?

Garrido: Sem dúvida. São qualidades comprovadas por mais de dois mil anos de história da humanidade, sendo comuns aos grandes generais no campo de batalha, às equipes em situações adversas e ao mundo corporativo e às organizações modernas. Tudo isso pode ser aplicado ao presente caso para motivar condutas de superação e de trabalho em equipe.

UK@W.: Que mensagem esse líder deve comunicar às pessoas dentro da mina?

Garrido: Sabemos que a mensagem inicial foi de coesão. Nessa situação, os vínculos pessoais e relacionais têm papel muito importante. É fundamental que o grupo esteja o tempo todo motivado e centrado nos esforços de resgate. O líder tem de ser capaz de manter coesas as forças coletivas e apontar assim ao grupo um "futuro possível"; ele tem de ser capaz de explicar que as possibilidades de um resgate bem-sucedido é uma realidade tangível, convencendo assim o grupo que é preciso que todos se mantenham unidos e ajam em conformidade com esse objetivo. Essa é precisamente a essência da estratégia: a partir de uma ideia, explicar, comunicar e motivar a equipe para que ela se comporte visando a uma meta que redundará num benefício maior para todo o grupo. É vital que a voz do líder seja ouvida, assim como no mundo empresarial. Eu dizia aos participantes de um congresso para executivos no IESE de Barcelona, em novembro de 2007, que "uma estratégia não comunicada é como uma bela partitura não interpretada", isto é, nenhuma ideia de "futuro possível" tem valor se não for comunicada eficazmente. Conforme disse o grande guru da administração David Norton: "A estratégia deve ser tarefa de todos, e para isso é preciso dizer às pessoas com o que, e de que maneira, elas podem contribuir." Isso é fundamental para compreender a tremenda pressão sobre o líder numa situação como a dos 33 mineiros soterrados. A mensagem deve ser permanente, motivadora e capaz de sustentar as relações de sobrevivência mútua. Como motivador da equipe, o líder deve manter bem equilibrados os seguintes elementos da mensagem que descrevi em meu último livro, A alma do estrategista.

Informação: o que aconteceu, o que está acontecendo agora e o que ocorrerá no futuro em vista de um "resgate em processo".

Avaliação: compreender, aceitar e/ou recusar um plano de trabalho que tenha sido elaborado pensando no sucesso coletivo (sendo capaz de aceitar e descartar ideias sem diminuir a participação e a motivação).

Vínculo: o líder mantém a mensagem de coerência conforme o tipo de relação que há no grupo. A sobrevivência coletiva exige uma liderança clara que permita que todos se expressem sem com isso fomentar o surgimento de novos líderes cujas manifestações possam vir a impedir o cumprimento dos objetivos propostos.

Ordem: comunicação adequada de papéis e de status, isto é, de hierarquias e funções específicas de cada um dos mineiros no dia-a-dia.

Cargos-chaves: a mensagem deve levar em conta uma comunicação específica para os profissionais estratégicos da empresa. No caso dos profissionais do setor de mineração, ficou patente a escolha hierárquica daqueles que se comunicaram com as autoridades na superfície.

UK@W.: No tocante ao contexto de superfície, qual deve ser a mensagem e qual a melhor forma de comunicá-la: através de um só interlocutor e com a presença de toda a família?

Garrido: A comunicação dos porta-vozes do governo tem sido correta num momento em que é grande o esforço para o que resgate seja bem-sucedido, assim como são grandes também a falta de motivação e de esperança, o que poderia resultar em uma mensagem equivocada aos 33 mineiros embaixo da terra. A experiência de comunicação com as famílias tem sido mediada pelas autoridades da mineradora e da área de saúde que, acompanhadas de uma equipe de especialistas nacionais e internacionais, puderam se inteirar do estado das vítimas por meio das mensagens que já chegaram à superfície. Isto permite que se tomem, no momento oportuno, medidas para a preservação da saúde mental e física dos mineiros conforme requer o momento. Embora os mineiros soterrados tenham alguma experiência graças ao difícil trabalho de mineração de todos os dias, mesmo assim terão de resistir durante dois meses às condições adversas da situação à espera da promessa de salvamento.

UK@W.: Existiria aí um paralelo entre esse caso e o acidente aéreo de 1972 na Cordilheira dos Andes? Naquela ocasião, um avião uruguaio com destino ao Chile sofreu um acidente com 45 passageiros a bordo. Depois de 72 dias nas montanhas, apenas 16 sobreviveram.

Garrido: As semelhanças talvez estejam nas condições perversas e extremas de ambas as situações, e no mérito de cada um dos envolvidos e dos seus atos nesse processo, seja no alto da Cordilheira dos Andes com suas temperaturas baixíssimas, seja no abrigo embaixo da terra com a temperatura na casa dos 35 graus, como se vê agora. Contudo, acho que nesse caso a possibilidade de comunicação com a superfície, conforme se verificou nas últimas semanas, faz uma grande diferença, já que os níveis de incerteza e de isolamento tendem a decrescer. Além disso, o grupo não teve de passar pela experiência da morte de alguns de seus membros, como foi no caso do acidente com o avião uruguaio.

UK@W.: O resgate dos mineiros pode levar muito tempo. Que lições de sobrevivência é possível tirar de situações extremas como essa?

Garrido: A primeira lição para o mundo empresarial é que é preciso ter flexibilidade para alcançar os objetivos desejados. As equipes de executivos de maior sucesso consistem, ao que tudo indica, em elementos heterogêneos, e essa heterogeneidade (em que há diversidade cognitiva) aumenta a probabilidade de que haja impulsos criativos e variados. A flexibilidade de adaptação da equipe é condição necessária para o sucesso dos objetivos de sobrevivência (condição essencial do estrategista e da estratégia).

UK@W.: Quais são os principais desafios para se organizar o grupo interna e externamente?

Garrido: Já falamos da motivação do grupo que, tal como acontece no mundo empresarial, é de importância fundamental para o cultivo da esperança em um "futuro possível", solução com a qual todos devem estar comprometidos. O desafio consiste em manter a cabeça fria e direcionada para o sucesso, para o espírito de equipe e de coesão, de modo que se atinja a meta e o moral se mantenha elevado. Esse esforço deve ser reiterado tratando-se caso a caso os focos de possíveis depressões já detectadas pela leitura do comportamento de alguns mineiros. A equipe de superfície deve avaliar, a todo o momento, o estado de saúde dos mineiros, tanto mental quanto física, bem como prever seu comportamento em situação de isolamento e se antecipar a ele, além de estar atenta à tarefa complexa do resgate. A equipe encarregada do resgate deverá também se preocupar em atender às necessidades emocionais das famílias e preparar o cenário para a saída dos mineiros, prevendo as condições que terão de enfrentar ao sair, uma vez que passarão de uma situação de isolamento forçado para uma exposição pública exagerada.

UK@W.: A experiência das pessoas que sobrevivem a situações extremas serve de exemplo aos alunos de muitas escolas de negócios do mundo. Que lições as empresas podem tirar da experiência dos 33 mineiros soterrados?

Garrido: Embora a lição principal desse episódio se resuma, sem dúvida, à superação diante da crise, há ensinamentos que vão além do mundo das escolas de negócios e de expressões como tomada de decisões, liderança e trabalho em equipe. Embora a introdução de um plano requeira, sem dúvida alguma, que alguém assuma riscos, sabemos que tanto o que foi planejado como os riscos assumidos nos levam finalmente à necessária tomada de decisões. É precisamente aqui que, em minha opinião, surgirá uma fonte de ensinamentos para todos os que têm de lidar diariamente com equipes. No mundo empresarial, por exemplo, muitas vezes é preciso lidar com condições adversas. A estratégia sem decisão equivale a uma decisão sem ação: no fim, é inútil. Um líder pode optar pela a rota da inação para o sucesso ou, pelo contrário, pode agir em busca do objetivo desejado. A tomada de decisões do líder e estrategista depende de sua capacidade de pensar e de perceber um objetivo fundamental. Com relação aos prazos, isso não está muito longe do que conhecemos no mundo da estratégia empresarial e da administração no momento de se tomar decisões. Claro que tudo isso soa muito diferente quando pensado da superfície. Sem dúvida, estamos aprendendo muita coisa sobre administração com aqueles que estão a 700 metros de profundidade.

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